Mais autonomia e opções na escolha do conteúdo e da área que o estudante pretende atuar. Essa é a principal mudança que os alunos da faculdade de Direito da Universidade de São Paulo irão encontrar quando ingressarem na próxima turma, em 2008. A nova estrutura curricular, aprovada em maio, traz mais disciplinas optativas e a possibilidade de o estudante montar um currículo com assuntos mais específicos, ainda no início do curso.
“É uma grade mais dinâmica que permite o aperfeiçoamento do aluno e um novo modo de pensar”, diz João Grandino Rodas, diretor da Faculdade de Direito da USP. “O que buscamos, a médio prazo, são métodos mais efetivos, avaliações mais rígidas, para que possamos formar profissionais mais bem preparados”.
Na grade curricular antiga os quatro primeiros anos eram gerais. Somente no último ano do curso era possível escolher a área de especialização. A partir de agora, das 2.600 horas de aula do curso 40% serão escolhidas pelo aluno entre disciplinas de formação complementar e 60% devem ser obtidos nas disciplinas de formação fundamental (obrigatórias). O estudante poderá escolher a especialização, de acordo com seus interesses.
“É uma boa iniciativa que vem para melhorar a formação do aluno. Abre um leque de possibilidades para que ele se especialize na área de seu interesse. Isso irá reforçar sua posição profissional no mercado de trabalho”, diz Álvaro Villaça Azevedo, diretor da Faculdade de Direito da FAAP.
Esse tipo de especialização já ocorre na Europa e nos Estados Unidos. Nas universidades americanas, por exemplo, os alunos de direito podem escolher 90% das disciplinas que querem cursar. Dessa forma, eles já saem da faculdade com a especialização definida.
Outra novidade no curso da USP é o aproveitamento de atividades culturais, extensão universitária e de pesquisa. Passa a ser possível, também, a utilização de créditos em outros cursos da instituição, que possibilitam a formação interdisciplinar.
Na opinião do Presidente da comissão de exame da OAB de São Paulo, Braz Martins Neto, o novo currículo é um grande avanço. “Para o ensino mercantilizado que temos no Brasil, essa iniciativa apresenta um horizonte para o profissional de direito”.
Para acompanhar a mudança e conseguir aproveitar as novas possibilidades, a carga das disciplinas obrigatórias será remanejada, de modo que o aluno consiga cursar as disciplinas que escolher. Além disso, a proposta é que as salas de aula tenham menos alunos, cerca de 50 por turma.
De acordo com João Grandino, a mudança reflete o objetivo da faculdade de formar profissionais úteis para a sociedade, com conhecimentos humanísticos e interdisciplinares e não puramente técnicos.
“Estamos repensando o processo educativo jurídico no Brasil. Sabemos que é um processo longo. Mas acreditamos que com classes menores, aulas mais pessoais e, principalmente, a escolha das matérias, o interesse dos alunos pelos estudos irá aumentar”, declarou Grandino.
Revista Consultor Jurídico, 29 de julho de 2007
por Gabriela Invernizzi
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